segunda-feira, 1 de junho de 2009

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O primeiro presidente da Guiné-Bissau, Luís Cabral, irmão de Amílcar Cabral, nascido a 10 de Abril de 1931, morreu em Lisboa vítima de doença prolongada.Luís Cabral foi deposto num golpe de Estado em 1980 liderado por Nino Vieira, o qual foi assassinado no passado mês de Março. Luís de Almeida Cabral foi o presidente da Guiné Bissau que precedeu João Bernardo Vieira antes de Novembro de 1980. Era meio irmão de Amílcar Cabral, líder do PAIGC.






Com morte de Luís Cabral desaparece «parte importante da história do partido» - PAIGC
O Partido Africano da Independência da Guiné e Cabo Verde (PAIGC) afirmou no sábado, em comunicado, que com a morte de Luís Cabral, primeiro Presidente da República da Guiné-Bissau, desaparece uma "parte importante da história" daquela formação política.
Com o desaparecimento físico do camarada Presidente Luís Cabral, uma parte importante da história do PAIGC desaparece, pois ele foi sempre uma das figuras mais carismáticas do Partido de Amílcar Cabral, de quem era para além de grande amigo, irmão", refere um comunicado do partido, assinado pelo seu porta-voz, Óscar Barbosa.
No documento, o PAIGC lembra que Luís Cabral foi um dos fundadores do partido e "desde sempre ocupou posições de relevo no seio do partido libertador".
Luís Cabral: Antigo presidente guineense foi "figura marcante da história" do país - Cavaco Silva
O Chefe de Estado, Aníbal Cavaco Silva, salientou hoje que o antigo presidente da Guiné-Bissau Luis Cabral "será por todos recordado como uma figura marcante da História da Guiné Bissau, por cuja independência e progresso económico e social se bateu".
Cavaco Silva enviou uma mensagem de condolências ao Presidente Interino da República da Guiné-Bissau, Raimundo Pereira, a propósito do falecimento do antigo presidente guineense Luís Cabral.
"Nesta hora de luto, quero apresentar a Vossa Excelência, em nome do Povo português e no meu próprio, as mais sinceras condolências, pedindo-lhe igualmente que transmita à família enlutada a expressão do nosso sentido pesar", conclui Cavaco Silva, expressando a "consternação" com que recebeu a notícia do falecimento de Luís Cabral.
Presidente de Cabo Verde destaca "sentido patriótico" de Luís Cabral
O presidente de Cabo Verde realçou hoje o "elevado sentido patriótico" e o "optimismo por natureza" do primeiro chefe de Estado da Guiné-Bissau, Luís Cabral, falecido sábado em Portugal vítima de doença prolongada.
Numa declaração lida hoje à imprensa no Palácio Presidencial, na Cidade da Praia, Pedro Pires lembrou que, antes da declaração unilateral de independência, em 1973, Luís Cabral "já interiorizara a ideia de fazer da Guiné-Bissau um Estado viável e desenvolvido".
"Terá sido traído pelo seu desejo crédulo de querer avançar depressa demais, subestimando as resistências sociológicas da sociedade guineense? Aqui, cabe aos historiadores a tarefa de análise e esclarecimento desse período fértil da história guineense, carregado de sonhos, mas também de convulsões e retaliações", observou.

Governo considera morte de Luís Cabral como perda de um «dos grandes homens guineenses»
O Governo da Guiné-Bissau considerou no sábado a morte do primeiro Presidente da República do país, Luís Cabral, como a "perda" de um "dos grandes homens guineenses" que contribui de forma decisiva para a criação do Estado guineense.
"O falecimento do primeiro Presidente da República representa uma grande perda da nossa história, não só por ter sido um grande estadista, como principalmente pelo seu papel no processo de construção de um Estado moderno, como na criação das condições de base para o desenvolvimento nacional", refere em comunicado o governo guineense.
"De igual modo, o primeiro Presidente da República da Guiné-Bissau, Luís de Almeida Cabral, também faz parte da galeria dos grandes homens guineenses, que escreveram o seu nome nas páginas mais gloriosas da nossa história, contribuindo de forma decisiva na criação do Estado Guineense", sublinha o Governo.
Luís Cabral:"Um homem bom" e um "amigo" de Portugal - Ramalho Eanes
O antigo Presidente da República Ramalho Eanes evocou hoje Luís Cabral, primeiro presidente da Guiné-Bissau, que faleceu sábado, como "figura marcante da história" daquele país e também de África, classificando-o como um "homem bom" e um "amigo" de Portugal.
A longa luta armada contra Portugal (1963-1974) "não matou a afeição que Luís Cabral nutria por Portugal e os portugueses" recordou, em declarações à Lusa, o antigo chefe de Estado português.
Luís Cabral, que morreu sábado em Lisboa, onde residia há cerca de 30 anos, foi um dos fundadores do PAIGC, dirigente daquele movimento de libertação e primeiro presidente da
República da Guiné-Bissau.
Luís Cabral "tresandava a optimismo e a entusiasmo", afirma Aristides Pereira

O primeiro presidente do Cabo Verde independente, Aristides Pereira, lamentou hoje a morte de Luís Cabral, que exerceu idênticas funções na Guiné-Bissau, considerando que o seu homólogo "tresandava a optimismo e a entusiasmo".
Numa entrevista à Agência Lusa, na sua residência na Cidade da Praia, Aristides Pereira, presidente cabo-verdiano entre 1975 e 1991, disse sentir um "pesar imenso" e "muita saudade" do "camarada, companheiro e amigo" Luís Cabral.
Malan Bacai Sanhá recorda o "africanista convicto" que foi Luís Cabral
O ex-presidente interino da Guiné-Bissau e candidato do PAIGC às Presidenciais de Junho no país, Malan Bacai Sanha, lembrou "o africanista convicto" que foi Luís Cabral, hoje falecido, afirmando que o seu sonho "continua vivo".
Em declarações à Agência Lusa, Malan Bacai Sanhá disse estar "chocado" com o desaparecimento desta "figura de renome da Guiné-Bissau" que foi Luís Cabral, primeiro presidente da Guiné-Bissau.
Malan Bacai Sanhá, que era presidente do parlamento guineense na altura do conflito militar que levou ao derrube do então chefe de Estado João Bernardo "Nino" Vieira, tendo ocupado por inerência a Presidência da República (1999-2000), recordou, "emocionado", o papel de Luís Cabral na "libertação dos povos da Guiné e de Cabo Verde".
Secretário executivo da CPLP destaca "inquestionável" patriotismo de Luís Cabral
O secretário executivo da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP) lamentou a morte do primeiro presidente da Guiné-Bissau, Luís Cabral, hoje ocorrida, lembrando o seu "inquestionável sentimento patriótico".
Em declarações à Agência Lusa, Domingos Simões Pereira recordou Luís Cabral como um homem "fiel ao que aprendeu com o irmão [Amílcar Cabral]", lamentando que tenha acabado a sua vida num país exterior à Guiné-Bissau.
Domingos Simões Pereira, ele próprio guineense, destacou "a grande ambição de Luís Cabral, não só para a Guiné-Bissau, como também para Cabo Verde".

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