segunda-feira, 29 de junho de 2009

NOTÍCIAS


Observadores das presidenciais confirmam normalidade
Eleições pacíficas com fraca adesão
A votação de ontem para escolher o novo presidente da Guiné-Bissau decorreu com normalidade mas sem grande afluência de eleitores. A Comissão Nacional de Eleições confirmou o alheamento dos cidadãos, mais notório na capital, Bissau.
A normalidade do processo eleitoral foi confirmada pelas missões de observadores estrangeiros, nomeadamente da CPLP, da União Europeia e da União Africana e da CEDEAO, Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental. "As informações que nos chegam são muito abonatórias", afirmou o são-tomense Albertino Bragança, chefe da missão da CPLP.
As eleições antecipadas, destinadas a eleger o sucessor de Nino Vieira – assassinado no início de Março, horas depois do homicídio do chefe das Forças Armadas, Tagmé Na Waié –, foram ensombradas por nova violência quando, a apenas dois dias do início da campanha eleitoral, o candidato Baciro Dabó e o antigo ministro da Defesa Hélder Proença foram mortos.
Num país onde as sondagens são proibidas, um estudo informal on-line deu a vitória ao independente Henrique Rosa, mas os observadores acreditavam que o vencedor seria decidido, numa segunda volta, entre Malam Bacai Sanhá, do PAIGC, partido maioritário no Parlamento, e Kumba Ialá, fundador do PRS – Partido da Renovação Social.
KUMBA IALÁ JÁ CELEBRA VITÓRIA
O candidato do Partido da Renovação Social (PRS), principal partido da oposição, pediu ontem aos seus apoiantes para celebrarem desde já a vitória. Pouco depois de votar, em Gabú, junto à fronteira com o Senegal, Kumba Ialá considerou que o escrutínio apenas servirá para confirmar o que sempre afirmou: "Não tenho adversário nestas eleições."
Em entrevista à rádio Galáxia, de Pindjiguti, o líder da oposição falou já como chefe de Estado para assegurar que a sua eleição vai representar a "mudança na Guiné-Bissau", levada a cabo "por uma nova geração de políticos". Em contraste com o optimismo do candidato, poucos esperam a declaração de vitória de um dos outros dez candidatos antes da segunda volta.
PORMENORES
INDUTA PEDE CIVISMO
O chefe do Estado-Maior das Forças Armadas da Guiné, Zamora Induta, apelou ontem à calma e ao civismo até à fase final, "e mais delicada", do processo eleitoral, a divulgação dos resultados.
PROCESSO TRANQUILO
As urnas encerraram ontem na Guiné-Bissau à hora prevista, 17h00 (mais uma hora em Lisboa), após dez horas de votação sem incidentes.
ZONAS RURAIS ALHEADAS
Nas zonas rurais do Interior do país, muitos eleitores preferiram continuar as tarefas diárias nos campos a deslocar-se às urnas.
DABÓ NOS BOLETINS
O nome do candidato independente Baciro Dabó, assassinado no início de Junho, foi mantido nos boletins de voto, bem como o de Pedro Infanda, que desistiu da candidatura. Os votos nestes candidatos serão contabilizados como nulos.

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