segunda-feira, 16 de março de 2009

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Domingo, 15 de Março de 2009

Guiné-Bissau:Forças Armadas interferem na actuação da PJ

Exército dificulta combate à droga

Os militares guineenses podem estar a interferir na acção da Polícia Judiciária local no combate ao tráfico de droga na Guiné-Bissau, país considerado um narco-Estado e que serve de rota de passagem da cocaína para a Europa.

A eventual interferência foi equacionada por João Figueira, inspector-chefe da Unidade Nacional de Combate ao Tráfico de Estupefaciente da PJ portuguesa, que, citando um relatório internacional, deu como exemplo os 500 kg de cocaína apreendidos pela PJ guineense que foram posteriormente "confiscados" por militares. O pretexto foi que a droga ficaria protegida nas instalações militares, mas a verdade é que "desapareceu", afirmou João Figueira em entrevista à Lusa.

Para enfrentar o narcotráfico, o inspector defende a cooperação entre a PJ portuguesa e a congénere guineense. "A PJ de Bissau tem apenas 60 elementos, que recebem formação em Portugal", disse João Figueira, manifestando "admiração" pelo trabalho da directora da PJ, num país em que a "corrupção, a ausência de "administração pública" e falta de unidade nacional, associada ao tribalismo, dificultam a acção policial.

Entretanto, o capitão Zamora Induta foi nomeado chefe de Estado-Maior das Forças Armadas. Recorde-se que o anterior CEMFA, Tagmé Na Waie, foi assassinado num ataque à bomba. Horas depois foi assassinado o presidente Nino Vieira.

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