terça-feira, 10 de março de 2009

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Segunda-feira 9 de Março de 2009

Bissau: Forte segurança rodeia funeral do chefe das Forças Armadas

Milhares no adeus a Tagmé Na Waie

  • A serenidade e o espírito ordeiro marcaram o tom do cortejo fúnebre, em contraste acentuado com a brutalidade do homicídio que vitimou o general
Milhares de pessoas despediram-se, em Bissau, do general Tagmé Na Waie, que foi a enterrar ontem no cemitério municipal da cidade. Às primeiras horas da manhã começou a concentração de pessoas, muitas delas transportadas do interior do país até à capital em enormes camiões, que foram formando fila na parte frontal do muro que circunda o cemitério. Mas desde logo o impressionante dispositivo militar montado no local deixou claro que a maioria não iria entrar no recinto.
A poucos quilómetros, no quartel-general do Estado-Maior do Exército, os mais altos dignitários do país e representantes do corpo diplomático presenciaram as honras militares e o discurso do ministro da Defesa, Artur Silva, que enalteceu as qualidades do ex-Chefe de Estado-Maior das Forças Armadas guineenses, 'vítima de um crime perpetrado por mãos invisíveis', e prometeu 'deter e julgar os seus assassinos'.
O presidente interino, Raimundo Pereira, e o primeiro-ministro, Carlos Gomes Júnior, assistiram em silêncio. Do quartel-general saiu o cortejo, rumo ao cemitério onde, em pleno contraste com a violência com que foi perpetrado o assassinato de na Waie, tudo se passou da forma mais ordeira, apesar da presença de largas centenas de militares. Na Waie, o temível CEMGFA, teve direito a cinco salvas de metralhadora e só foi dada por finda a cerimónia com o dispersar da multidão que o acompanhou à última morada.


























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