quinta-feira, 5 de março de 2009

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GUINÉ-BISSAU Funeral de “Nino” Vieira está marcado para terça-feira

Testemunha de ataque conta que guardas fugiram

Uma testemunha do ataque contra o Presidente da Guiné-Bissau contou que a guarda do antigo chefe de Estado fugiu e que só quatro ou cinco homens ficaram a defender “Nino” Vieira

“A guarda fugiu. Fugiram todos”, afirmou a testemunha à Agência Lusa. Segundo a testemunha, os homens que ficaram a defender o presidente estavam a responder ao ataque, mas terão alegadamente ficado sem munições.
Quando ocorreu o ataque, estariam em casa de “Nino” Vieira, sem contar com a segurança do presidente, pelo menos seis pessoas, nomeadamente uma empregada e vários assessores da presidência guineense.
A testemunha contou que “Nino” esteve a trabalhar até tarde no dia de domingo com os elementos da sua assessoria por causa do atentado à bomba contra o chefe de Estado-Maior General das Forças Armadas, Tagmé Na Waié, horas antes.
“O Presidente esteve reunido com as chefias militares e com o ministro da Defesa”, afirmou a testemunha.
Segundo a mesma fonte, “Nino” Vieira também esteve para se reunir com o primeiroministro guineense, Carlos Gomes Júnior, mas a reunião acabou por ser adiada para segunda-feira de manhã por “razões de segurança”.
“Por volta das 03H00 (mesma hora de Lisboa) fomos avisados pela segurança que a casa estava cercada”, afirmou à Lusa, sublinhando que cerca das 04H00 começaram a ser disparados os primeiros tiros.
Nessa altura, os assessores e a emprega tentaram sair de casa pelas traseiras, mas um elemento ficou ferido por estilhaços provocados pelo lançamento de uma granada e acabaram por se refugiar num anexo das traseiras da habitação.
Em casa, ficou o presidente e a primeira-dama, Isabel Vieira, acrescentou a testemunha. Os tiros e o ataque acabaram cerca de uma hora mais tarde. Já ao início da manhã, os sobreviventes do ataque à residência do Presidente foram descobertos pelos militares, a quem pediram para não ser mortos.
“Eles responderam: Não temos nada contra vocês. Podem ir-se embora”, contou a testemunha.
O ataque contra “Nino” Vieira provocou também a morte de um adjunto de segurança e ferimentos no assessor de imprensa da presidência, segundo os dados oficiais, que referem também a existência de três feridos e um morto no atentado à bomba no Quartel-General.
O funeral de “Nino” Vieira realiza-se na próxima terça-feira, às 11H00 (mesma hora em Lisboa), enquanto o de Tagmé Na Waié, ex-chefe do Estado-Maior General das Forças Armadas, terá lugar sábado, também às 11H00.





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