Bissau. Capital prepara funerais de Estado dos dois responsáveis
Amado quer estabilidade de militares na Guiné
Tagme terá descoberto cocaína e queria punir os responsáveis
O ministro dos Negócios Estrangeiros português, Luís Amado, afirmou em Bruxelas ser "vital" que as forças armadas guineenses "encontrem uma via de reforma e de estabilidade" que permita pôr fim a dez anos de "sobressalto". Citado pela Lusa, Amado acrescentou que "a leitura que fazemos da situação [em Bissau] permite-nos encarar com tranquilidade os próximos meses".
Na capital guineense, a situação político-militar continuava ontem a ser calma, a poucos dias dos funerais do chefe do Estado-maior das Forças Armadas, general Tagmé Na Waie, que será enterrado amanhã, e do presidente Nino Vieira, na terça-feira.
Os dois homens foram mortos no domingo à noite e segunda-feira de madrugada. Tagme morreu na explosão de uma bomba, na sede do Estado-Maior das Forças Armadas, em Bissau. Nino seria assassinado poucas horas depois por soldados leais a Tagme, quando tentava fugir da capital.
A casa do Presidente ficou crivada de balas e com sinais do brutal assassínio de Nino. Nas paredes, há impactos de disparo de RPG e no chão ainda se podem ver marcas de sangue. O Presidente foi morto com grande brutalidade, gravemente ferido à catanada e depois atingido por tiros de misericórdia.
Ontem, a AFP citava um militar que sob anonimato garantiu que Tagme Na Waie descobrira 200 quilos de cocaína num hangar do Estado- -Maior, uma semana antes de ser morto. Depois, terá tentado descobrir quem dissimulara a droga. A mesma fonte afirma que o general teria dito aos seus subordinados para esclarecerem o caso antes do seu regresso de uma viagem a Cabo Verde, que o general não chegou a fazer.
Esta pista que liga o atentado bombista ao narcotráfico é consistente com a sofisticação da bomba, que teria controlo remoto, portanto, estando além das capacidades tecnológicas guineenses. A Guiné-Bissau é usada como plataforma de transporte de droga entre a América do Sul e a Europa, havendo suspeitas de ligação entre os traficantes e alguns militares.Um dos suspeitos era o ex-comandante da marinha Bubu Na Tchuto, que se refugiou na Gâmbia e que, em Novembro do ano passado, esteve implicado numa tentativa de assassínio de Nino Vieira.
Na capital guineense, a situação político-militar continuava ontem a ser calma, a poucos dias dos funerais do chefe do Estado-maior das Forças Armadas, general Tagmé Na Waie, que será enterrado amanhã, e do presidente Nino Vieira, na terça-feira.
Os dois homens foram mortos no domingo à noite e segunda-feira de madrugada. Tagme morreu na explosão de uma bomba, na sede do Estado-Maior das Forças Armadas, em Bissau. Nino seria assassinado poucas horas depois por soldados leais a Tagme, quando tentava fugir da capital.
A casa do Presidente ficou crivada de balas e com sinais do brutal assassínio de Nino. Nas paredes, há impactos de disparo de RPG e no chão ainda se podem ver marcas de sangue. O Presidente foi morto com grande brutalidade, gravemente ferido à catanada e depois atingido por tiros de misericórdia.
Ontem, a AFP citava um militar que sob anonimato garantiu que Tagme Na Waie descobrira 200 quilos de cocaína num hangar do Estado- -Maior, uma semana antes de ser morto. Depois, terá tentado descobrir quem dissimulara a droga. A mesma fonte afirma que o general teria dito aos seus subordinados para esclarecerem o caso antes do seu regresso de uma viagem a Cabo Verde, que o general não chegou a fazer.
Esta pista que liga o atentado bombista ao narcotráfico é consistente com a sofisticação da bomba, que teria controlo remoto, portanto, estando além das capacidades tecnológicas guineenses. A Guiné-Bissau é usada como plataforma de transporte de droga entre a América do Sul e a Europa, havendo suspeitas de ligação entre os traficantes e alguns militares.Um dos suspeitos era o ex-comandante da marinha Bubu Na Tchuto, que se refugiou na Gâmbia e que, em Novembro do ano passado, esteve implicado numa tentativa de assassínio de Nino Vieira.
Sem comentários:
Enviar um comentário