sexta-feira, 3 de abril de 2009

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Bissau: Reina clima de intimidação

Militares ameaçam líder guineense

O presidente da Liga Guineense dos Direitos Humanos, Luís Vaz Martins, foi ameaçado de morte na sede da instituição, em Bissau, por um militar à paisana armado, tendo sido obrigado a refugiar-se logo depois numa embaixada. A ameaça de morte surgiu depois de Luís Vaz Martins ter proferido duras críticas às Forças Armadas por causa da forma como na terça-feira 15 militares espancaram o antigo primeiro-ministro guineense Francisco Fadul.
Em declarações ao Correio da Manhã, Luís Vaz Martins contou como tudo aconteceu: "Por volta das 17h45 de quarta-feira, um militar, não identificado, chegou à sede da Liga e perguntou aos funcionários onde eu estava e onde morava. Depois de ter sido informado de que eu não estava e de que não sabiam onde residia, o indivíduo, indignado, começou a proferir injúrias contra mim, exibindo uma pistola e ameaçando-me de morte."
Um mês depois do duplo assassinato do presidente Nino Vieira e do chefe dos militares Tagma Na Waie, é a terceira vez que os militares ameaçam e espancam civis. Primeiro foi o advogado Pedro Infanda, seguiu-se Francisco Fadul e agora Luís Vaz Martins. Fontes em Bissau afirmam que reina um clima de medo em Bissau. Ninguém pode falar contra os militares sem que estes não reajam violentamente.
O Governo português está "extremamente preocupado" com os mais recentes acontecimentos, disse o secretário de Estado dos Negócios Estrangeiros e da Cooperação, João Gomes Cravinho.

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