Sob a coordenação dos primeiros-ministros dos dois países
Problemas da Guiné-Bissau estão a ser debatidos em Cabo Verde
Quase 30 anos depois da ruptura verificada na íntima cooperação entre as autoridades da Guiné-Bissau e de Cabo Verde, os mais importantes problemas guineenses encontram-se esta semana a ser debatidos na Cidade da Praia, pelos primeiros-ministros dos dois países, Carlos Gomes Júnior e José Maria Neves.Carlos Gomes Júnior, presidente do Partido Africano da Independência da Guiné e Cabo Verde (PAIGC), encontra-se na ilha de Santiago desde ontem e até quarta-feira, tendo hoje um encontro com a comunidade guineense radicada nas ilhas de Cabo Verde, noticiou o jornal "A Semana Online".Amanhã, os dois primeiros-ministros dos países que obtiveram a sua independência mercê de uma luta conjunta presidem à abertura de uma mesa redonda de doadores que deverão ajudar a Guiné-Bissau a procurar sair da sua profunda crise e a tentar realizar eleições presidenciais com uma primeira volta prevista para 28 de Junho.A ruptura no profundo relacionamento fraterno que existia entre os dois países de língua oficial portuguesa foi motivada pelo golpe de estado que João Bernardo (Nino) Vieira deu em 14 de Novembro de 1980, depondo o primeiro Presidente da República da Guiné-Bissau, Luís Cabral, que era secretário-geral adjunto do PAIGC.Depois disso, o ramo cabo-verdiano dessa formação política comum aos dois territórios autonomizou-se, dando origem ao Partido Africano da Independência de Cabo Verde (PAICV), de que é líder José Maria Neves.Agora, a pedido das autoridades de Bissau, o ministério dos Negócios Estrangeiros de Cabo Verde organizou a mesa-redonda em que os parceiros do desenvolvimento guineense vão procurar ajudar a reformar as Forças Armadas e de segurança de um dos países mais pobres e turbulentos do mundo.
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