Guiné: militares subordinados ao poder civil
Ministro da Defesa garante sintonia entre o Estado-Maior General das Forças Armadas e o Ministério da Defesa
O ministro da Defesa da Guiné-Bissau, Artur Silva, garantiu esta segunda-feira no parlamento que os militares estão subordinados ao poder civil e exortou os guineenses a terem contenção na linguagem e a serem dialogantes para ultrapassar os problemas do país, de acordo com informação da Lusa.
Falando num debate de urgência, solicitado pela oposição, quando o parlamento se encontra reunido para analisar, em sessão extraordinária, o Orçamento Geral de Estado de 2009, Artur Silva foi confrontado com várias perguntas sobre a segurança do país e o comportamento das Forças Armadas.
Actos de violência contra figuras públicas
«Posso garantir aos senhores deputados que os militares estão subordinados ao poder político civil. Há uma estreita sintonia entre o Estado-Maior General das Forças Armadas e o Ministério da Defesa», disse o ministro da Defesa.
Artur Silva respondeu desta forma às perguntas que lhe foram colocadas por vários deputados da bancada do Partido da Renovação Social (PRS, segunda força política do país) quanto ao alegado envolvimento dos militares em actos de detenção e espancamento de figuras públicas.
Sobre a detenção do advogado Pedro Infanda, o ministro da Defesa guineense afirmou ter sido «previamente avisado» pelos militares, sublinhando que este «colocou em causa a coesão nas Forças Armadas com as suas declarações».
Na sequência destas declarações, amplamente divulgadas na imprensa local, Pedro Infanda foi detido e alegadamente espancado pelos militares. De acordo com o ministro da Defesa, Infanda encontra-se sob alçada do Ministério Público.
Em relação ao espancamento do presidente do Tribunal de Contas e líder de um partido da oposição, Francisco Fadul, o ministro da Defesa destacou que, pelas informações de que dispõe, o ocorrido não seria da autoria das Forças Armadas.
Investigações da morte de «Nino» Vieira
O ministro da Defesa guineense explicou ainda que o Governo continua a aguardar pelos resultados das comissões dos inquéritos aos assassínios do Presidente João Bernardo «Nino» Vieira e do Chefe do Estado-Maior General das Forças Armadas, general Tagmé Na Waié, no início de Março.
O governante destacou que peritos do FBI estão a apoiar nas investigações da morte de «Nino» Vieira, devendo os resultados ser conhecidos proximamente.
Artur Silva frisou, entretanto, que o ex-Chefe do Estado-Maior da Força Aérea no tempo da Junta Militar, o brigadeiro general Melciades Gomes Fernandes (vulgo Manuel Mina) está detido no quartel de Mansoa, a 60 quilómetros de Bissau.
Em decreto presidencial publicado domingo, o Presidente da República interino da Guiné-Bissau, Raimundo Pereira, nomeou interinamente Zamora Induta chefe de Estado-Maior General das Forças Armadas até à tomada de posse do novo chefe de Estado.
Falando num debate de urgência, solicitado pela oposição, quando o parlamento se encontra reunido para analisar, em sessão extraordinária, o Orçamento Geral de Estado de 2009, Artur Silva foi confrontado com várias perguntas sobre a segurança do país e o comportamento das Forças Armadas.
Actos de violência contra figuras públicas
«Posso garantir aos senhores deputados que os militares estão subordinados ao poder político civil. Há uma estreita sintonia entre o Estado-Maior General das Forças Armadas e o Ministério da Defesa», disse o ministro da Defesa.
Artur Silva respondeu desta forma às perguntas que lhe foram colocadas por vários deputados da bancada do Partido da Renovação Social (PRS, segunda força política do país) quanto ao alegado envolvimento dos militares em actos de detenção e espancamento de figuras públicas.
Sobre a detenção do advogado Pedro Infanda, o ministro da Defesa guineense afirmou ter sido «previamente avisado» pelos militares, sublinhando que este «colocou em causa a coesão nas Forças Armadas com as suas declarações».
Na sequência destas declarações, amplamente divulgadas na imprensa local, Pedro Infanda foi detido e alegadamente espancado pelos militares. De acordo com o ministro da Defesa, Infanda encontra-se sob alçada do Ministério Público.
Em relação ao espancamento do presidente do Tribunal de Contas e líder de um partido da oposição, Francisco Fadul, o ministro da Defesa destacou que, pelas informações de que dispõe, o ocorrido não seria da autoria das Forças Armadas.
Investigações da morte de «Nino» Vieira
O ministro da Defesa guineense explicou ainda que o Governo continua a aguardar pelos resultados das comissões dos inquéritos aos assassínios do Presidente João Bernardo «Nino» Vieira e do Chefe do Estado-Maior General das Forças Armadas, general Tagmé Na Waié, no início de Março.
O governante destacou que peritos do FBI estão a apoiar nas investigações da morte de «Nino» Vieira, devendo os resultados ser conhecidos proximamente.
Artur Silva frisou, entretanto, que o ex-Chefe do Estado-Maior da Força Aérea no tempo da Junta Militar, o brigadeiro general Melciades Gomes Fernandes (vulgo Manuel Mina) está detido no quartel de Mansoa, a 60 quilómetros de Bissau.
Em decreto presidencial publicado domingo, o Presidente da República interino da Guiné-Bissau, Raimundo Pereira, nomeou interinamente Zamora Induta chefe de Estado-Maior General das Forças Armadas até à tomada de posse do novo chefe de Estado.
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