Enquanto Fadul fala de um "conluio"
Conselho de Segurança da ONU debate situação na Guiné-Bissau
O Conselho de Segurança das Nações Unidas esteve hoje a debater um relatório do secretário-geral das Nações Unidas, Ban Ki-moon, em que se apela aos parceiros da Guiné-Bissau para que continuem a dar-lhe todo o apoio possível, para que o respectivo Governo consiga reformular a administração pública e a economia.
O secretário-geral da ONU pediu a todos os actores da cena política guineense que “coloquem de lado as suas ambições pessoais e colaborem na procura de consensos sobre a melhor forma de servir as necessidades da população”.
Este relatório fora elaborado ainda antes de o antigo primeiro-ministro Francisco Fadul, actual presidente do Tribunal de Contas, Francisco Fadul, ter sido espancado na sua residência, em Bissau, por homens armados, encontrando-se actualmente a ser tratado em Lisboa.
Na capital portuguesa, alegou hoje, em declarações à Lusa, reproduzidas pela RDP África, que teria havido um “conluio” entre o primeiro-ministro Carlos Gomes Júnior e o capitão-de-mar-e-guerra Zamora Induta, depois disso nomeado Chefe do Estado-Maior General, para decapitar o Estado e as estruturas militares.
Segundo a tese de Fadul, o chefe do Governo e aquele oficial da Armada teriam ambos razões para neutralizar tanto o Chefe do Estado-Maior das Forças Armadas, general Tagme Na Waie, como o Presidente João Bernardo (Nino) Vieira.
Alegando estar ocupado com um debate parlamentar sobre o Orçamento do Estado, Carlos Gomes Júnior, presidente do PAIGC, escusou-se a comentar de imediato as afirmações de Fadul, que entretanto também disse ser um dos candidatos às presidenciais de 28 de Junho.
Fadul é líder do pequeno Partido para a Democracia, Desenvolvimento e Cidadania, criado em 2005.
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